quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Quilombo do Urubu

                                                 
 Era um local onde as pessoas viviam da agricultura, pesca e dos frutos existentes naquela região. Era uma região de mananciais e rios.
A localidade era distante e muito escondida, não tinha contato algum com a cidade. Provavelmente para não serem descobertos. Contudo, sempre tinha um grupo que ia e vinha para dar notícias do que acontecia na cidade, deixando os quilombolas informados.
Sendo Salvador distante, os quilombolas do Urubu possuía uma vasta área, onde utilizavam para caçar e buscar frutos. Esta região ia até o Parque S. Bartolomeu (localizado em Pirajá), dando acesso para Cajazeiras. 
No local havia também um candomblé de nagô. Havia ainda uma mulher muito respeitada conhecida como Zerefina, integrava a liderava do local. 
Os quilombolas perderam sua privacidade com o crescimento de Salvador. E em 1826 iniciou-se uma revolta, quando alguns quilombolas foram pegos roubando farinha de mandioca e carne seca para o quilombo, de uma família de lavradores. Mesmo diante das revoltas, os quilombolas continuaram roubando os produtos e levando-os para o grupo.
Os capitães do mato tentaram surpreender os assaltantes. Zerefina liderava um grupo armado com facas, arcos e flechas na tentativa de defender o quilombo. Homens da milícia de Pirajá também juntaram-se aos capitães na tentativa de atacar e vencer o Urubu. 
Zerefina lutou bravamente, mas foi presa, ainda que com dificuldade, pela milícia de Pirajá. Humilhada, foi condenada a trabalhos forçados.

Do Quilombo do Urubu resta apenas a lagoa do Urubu (local conhecido como Brasilgás), apagando assim, mais uma historia do povo negro.

3 comentários:

  1. Saudoso Quilombo do Urubu. Nessa parte da história do seu bairro nos encontramos, uma vez que passei minha vida inteira indo a Cajazeiras, onde conheci muitos lugares que fez parte desse Quilombo.
    Excelente trabalho, parabens pela riqueza.

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  2. Que história linda! Tinha que ser registrada, fatos como este não pode se perder da nossa história!

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  3. que merda que porra que lixo que nojo

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