quinta-feira, 25 de julho de 2013

domingo, 21 de julho de 2013

O olhar dos moradores - entrevistas sobre o condomínio

Hoje vamos conhecer a história do Condomínio Parque Campinas de Pirajá. Construído há mais de trinta anos, é um local que abriga muitas histórias. E uma delas conheceremos agora: a primeira moradora do local, onde vou chamá-la de Dona Clara.
Dona Clara chegou no local em 01/10/1983. Ela conta que antes de ser construído o condomínio, ali era cultivada uma horta. Depois o terreno foi invadido por alguns funcionários da fábrica de asfalto Renub, única fábrica próxima dali.
Ao tomar conhecimento da invasão o proprietário expulsou os invasores. Logo após surgiu uma placa anunciando a construção do condomínio, através da O.A.S, vendido pela Horizonte Habitacional e financiado pela Caixa Econômica.
Um outro casal que conversei, chamarei de Seu João e Dona Lia. Eles reforçam a historia de Dona Clara e diz que depois de construído, o condomínio voltou a ser invadido, e eles foram um dos invasores. Percebendo que já havia muitas pessoas residindo no local, a Caixa Econômica os chamou para um acordo, parcelando o valor do imóvel, o que posteriormente seria quitado por um valor bem abaixo. O casal conta bem entusiasmado que foi assim que tiveram seu imóvel próprio.
No local não havia comércios, e para ter acesso a eles deveriam ir para um outro bairro próximo.
Conversando um pouco com ambos sobre a batalha em Pirajá, tanto Dona Clara como o casal, dizem conhecer pouco, sobre o General Labatut que protagonizou a batalha do 2 de julho, e que o seu contato com o bairro de Pirajá é apenas aquele condomínio. Sempre ouviram sobre a festa de Labatut que acontece ali perto, mas que até mesmo os moradores dali deveriam se relacionar com tal historia.

quinta-feira, 6 de junho de 2013


No bairro de Pirajá está localizado uma das maiores reservas de Mata Atlântica em área urbana no Brasil: Parque São Bartolomeu.

                                           

O Quilombo do Urubu

                                                 
 Era um local onde as pessoas viviam da agricultura, pesca e dos frutos existentes naquela região. Era uma região de mananciais e rios.
A localidade era distante e muito escondida, não tinha contato algum com a cidade. Provavelmente para não serem descobertos. Contudo, sempre tinha um grupo que ia e vinha para dar notícias do que acontecia na cidade, deixando os quilombolas informados.
Sendo Salvador distante, os quilombolas do Urubu possuía uma vasta área, onde utilizavam para caçar e buscar frutos. Esta região ia até o Parque S. Bartolomeu (localizado em Pirajá), dando acesso para Cajazeiras. 
No local havia também um candomblé de nagô. Havia ainda uma mulher muito respeitada conhecida como Zerefina, integrava a liderava do local. 
Os quilombolas perderam sua privacidade com o crescimento de Salvador. E em 1826 iniciou-se uma revolta, quando alguns quilombolas foram pegos roubando farinha de mandioca e carne seca para o quilombo, de uma família de lavradores. Mesmo diante das revoltas, os quilombolas continuaram roubando os produtos e levando-os para o grupo.
Os capitães do mato tentaram surpreender os assaltantes. Zerefina liderava um grupo armado com facas, arcos e flechas na tentativa de defender o quilombo. Homens da milícia de Pirajá também juntaram-se aos capitães na tentativa de atacar e vencer o Urubu. 
Zerefina lutou bravamente, mas foi presa, ainda que com dificuldade, pela milícia de Pirajá. Humilhada, foi condenada a trabalhos forçados.

Do Quilombo do Urubu resta apenas a lagoa do Urubu (local conhecido como Brasilgás), apagando assim, mais uma historia do povo negro.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O crescimento de Pirajá

Com o correr dos anos, Pirajá tornou-se o centro de uma região de engenhos, onde naqueles primeiros decênios do século XVI houve uma população maior, e preocupava-se em manter-se preponderante, graças aos recurso materiais existentes. 

Para defender o esteiro de Pirajá, "também conhecido por Baía de Itapagipe", levantou-se o forte de S. Bartolomeu da Passagem.  

Bem vindo à Pirajá!

O presente blog é uma proposta avaliativa do componente curricular: Referenciais Teórico-Metodológicos para o Ensino de História no Ensino Fundamental, sob a orientação do Professor Alfredo Matta, no sétimo período, 2013.1, no curso Licenciatura em Pedagogia Plena, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB.

Sou Cristiane, moradora do bairro de Pirajá. Lugar histórico na cidade de Salvador, estado da Bahia, e a partir deste espaço iremos conhecer um pouco mais sobre esta localidade.

Ficheiro:Pirapira.pngO nome Pirajá significa na língua tupi - pira-ya - ou viveiro de peixes. Antiga terra dos índios Tupinambás. Em 1972, passou a Parque Histórico por decreto municipal, garantindo a preservação do Patrimônio Histórico ligado à guerra da Independência.

bairro é um dos mais antigos de Salvador, surgiu a partir de engenhos de açúcar e das primeiras missões jesuíticas que aportaram na Bahia no período da colonização.
Na opinião de Teodoro Sampaio, nasceu à margens de uma ribeira, denominada Pirajá, onde dominava o chefe indígena Mirangaoba. 
Piragrej.jpgPraça de Pirajá - onde está o túmulo do General Labatut